segunda-feira, setembro 03, 2007

THIS IS THE END, MY ONLY FRIEND, THE END

Everything has a beginning, everything has an end.
Termina mais uma etapa. Acabou o blogue.
Centremo-nos no ego: perdi a vontade de descrever as emoções na blogosfera. Já não funciona como a referida terapia num post anterior.
Por ter terminado uma etapa não significa que terminou o ciclo. Acho que só terminará quando estiver perante o "nada absoluto", que é o que nos está reservado a todos, sem excepção. A total ausência de dor, de prazer... A extinção das sensações, o vácuo permamente. The last course, de braço dado com a senhora da gadanha, aquela que não tem remorsos. A única que nunca se engana e raramente tem dúvidas. Estou convicto que não tem ainda marcação para mim. Nem hoje nem amanhã. Terá um dia. Até lá resta-me o limbo.
"Saigon... shit; i'm still only in Saigon" é a primeira fala do "Apocalypse Now" de Coppola e metáfora residente no meu msn. A frase que melhor descreve o ciclo: por mais opções que tome, por mais caminhos que escolha, volto sempre ao ponto de partida. Será só comigo? Não me parece...
O limbo é tudo o que resta até entrar no reino de Hades.
"The end is the beggining"

segunda-feira, julho 09, 2007

Crime no Restaurante Italiano

5h22 - Insónia. É habitual estar acordado a esta hora, mas estou tremendamente cansado devido à directa de ontem e ainda não consegui pregar olho. Felizmente conheço a sua origem - uma asiática fascinante com traços ocidentais, furtou-me o sono. A sua subtileza foi tal que não a consegui impedir. Ao invés, limitei-me a assistir cumplicemente deliciado, sem tempo para pesar as consequências de tal acto.
Quem me conhece bem sabe que o sono é das coisas mais importantes para mim. Os meus amigos dizem em jeito de brincadeira que, quando "a morte me vier buscar", o mais certo é eu responder-lhe com maus modos "volta quando tiver acordado; não me chateies que quero dormir". Tudo isto para dizer que nem sequer fiz queixa na esquadra mais próxima. Tive vergonha de ser gozado pelos polícias! Foi mais fácil do que roubar um chupa-chupa a um bebé. Se essa criança fosse o Tiago a história seria outra, seguramente...
Acredito que, se alguns dos MILHARES de leitores assíduos, que nestes dois anos de interregno me têm pressionado a voltar, tivessem o privilégio de privar com ela, nem que por uns segundos fosse, a reacção seria algo do género: "só te levou o sono?!?!?!? não deixaste que levasse mais nada???e a casa? e o carro? e a família e os amigos?" (esta última interrogação só poderia ser de um deles...).
Quer então dizer que, no fundo, acabo por me sentir muitíssimo bem por a salteadora ter tido compaixão e só me ter levado o sono que, volto a frisar, é importantíssimo.
Não queria voltar a cair em lugares comuns como sado-masoquismo ou autoflagelação psíquica (entre outros), embora esteja tentado a isso. As linhas que escrevo apenas conseguem expor o meu "eu" quando me sinto deprimido (in fact), mas desta vez é diferente. Considero estar a fazer uma descrição bastante fiel acerca daquilo que "vai cá dentro" e até à data, não experimentei sensações negativas, muito pelo contrário.
Costuma-se dizer que "admitir é o primeiro passo para" seja o que for... Admiti o furto, sujeitando-o a julgamento popular (voltaram à berra com o major) e estou pronto a arcar com as consequências da exposição do mesmo.
Quero ir mais longe. Não aprendo com os erros, estando sempre pronto a dar mais uma cabeçada.
Tens o meu contacto e sabes onde moro; será um prazer voltar a ser assaltado por ti...